A pé, de moto e de carro. Timorenses caminham na estrada rumo a Díli para ver o Papa

Milhares de timorenses de todos os distritos, a pé, de moto e de carro, já estão a caminho de Díli.

Todos querem ver e ouvir o Papa, que chegará a Timor-Leste na próxima segunda-feira.

Estima-se que 500 a 700 mil pessoas se reúnam na capital para receber Francisco.

As terras cafeeiras – na freguesia de Aileu – estão em fase final de preparação.

Junto a uma nova igreja em construção, este dia está reservado à inscrição final e à distribuição de t-shirts brancas com a cara de Francisco e o mapa de Timor.

E vai muita gente, explica o padre João Felisberto.

“Estamos todos de saída. Contamos 13 mil pessoas da freguesia de Aileu, encontrámos 78 carros públicos”.

97% dos timorenses são católicos, mas a fé não se mede em números, explicou o pároco. “A quantia não deveria ser o motivo da nossa felicidade. Com a chegada de Sua Santidade também aprofundamos a profundidade da nossa fé católica”.

O Padre Felisberto acredita que a visita do Papa criará raízes neste país, que é independente há apenas 25 anos. Ele espera que a presença de Francisco – em unidade – ajude a aprofundar a fé das pessoas e a libertar o país do egoísmo que persiste.

“Líderes… todos afirmam o que fizeram, mas não querem ver o que o nosso povo quer. Os líderes costumam dizer:” Libertem o país. “Como podem os líderes libertar o povo, se não conseguem libertar-se de cada um? egoísmo do outro?” Ele pergunta.

Quem fala também deve ser ouvido, e o senhor Costa – com quase 70 anos – ainda se lembra da visita de João Paulo II há 35 anos, durante a ocupação. “Depois da vinda do Senhor (o Papa), parecemos estar mais unidos e ouvindo uns aos outros. Quem fala, ouve”.

A união é a força dessas pessoas, que sabem protestar.