O PS/Madeira afirmou esta segunda-feira que não vai permitir que o Governo Regional (PSD), com o apoio parlamentar do CDS-PP, durante 13 dias apague os erros cometidos no incêndio na região.
“Podemos garantir ao povo madeirense que não vamos permitir que o governo regional PSD e CDS vêm apagar os erros que foram cometidosNão só nestes incêndios, com a falta de coordenação, articulação e intervenção atempada. VAdoramos condenar toda a propaganda e realidades paralelas Este governo já se prepara para o fazer, limpando tudo com a ajuda do CDS e dos partidos de direita”, declarou o deputado socialista Rui Caetano.
Em conferência de imprensa no Funchal, o deputado garantiu que o PS continuará a “exigir e a investigar a atividade do Governo, a pôr em causa escolhas, a pôr em causa erros estratégicos”.
Criticou: “Há anos que apresentamos propostas, todas elas falhadas pelo PSD e pelo CDS. Sem qualquer vergonha, falharam e agora estão a apresentar algumas delas da mesma forma que o Partido Socialista”. .”
Referindo-se a um conjunto de propostas apresentadas na região, Rui Caetano destacou a avaliação por um observatório técnico independente dos incêndios ocorridos na Madeira nos últimos anos.
Lembrou que esta proposta do PS foi rejeitada pelo PSD e pelo CDS em 2020, destacando que os centristas apresentam agora uma iniciativa semelhante.
“Isto reflete a postura do CDS, que só está preocupado com os metros quadrados do seu partido Não na defesa do povo madeirense e do território da região”, Se as medidas do PS tivessem sido aprovadas, “o desfecho do incêndio teria sido diferente”, afirmou o socialista.
“O Partido Socialista não acordou para o problema da gestão, do ordenamento do território e dos incêndios na nossa zona, ao contrário do CDS, que acordou agora”, frisou.
Rui Caetano destacou ainda que, no incêndio deste ano, que começou em 14 de agosto e queimou durante 13 dias, arderam mais de 5.100 hectares de terreno e, Mais de 43 mil hectares de terras foram queimados nos últimos 18 anos.
“Algo está errado. Está.” Precisamos de repensar a nossa protecção florestal e os nossos modelos de planeamento sectorial”ele insistiu.
Deputado do PS argumentou isso “Chegou a hora de o governo regional cumprir as suas responsabilidades E, em vez de falar de ego e orgulho, adote uma “postura de humildade” e acolha propostas de especialistas, da sociedade civil e de partidos políticos para “encontrar as melhores formas de proteger a floresta”.
Considerou: “Não podemos continuar a aceitar esta forma de gerir o destino da Madeira, recusando participar no Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, recusando ajuda imediata sempre que necessária”.
O incêndio rural na ilha da Madeira começou no dia 14 de agosto nas serras do concelho da Ribeira Brava, espalhando-se gradualmente pelos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana.
No dia 26 de agosto, passados 13 dias, a proteção civil regional indicou que o incêndio estava “completamente extinto”.
Nos dias que se seguiram ao início do incêndio, as autoridades instruíram cerca de 200 pessoas a abandonarem as suas casas por precaução e disponibilizaram instalações de recepção públicas, mas muitos residentes regressaram a casa.
O vento e as altas temperaturas dificultaram o controlo do incêndio, mas, segundo o governo regional, não houve relatos de feridos ou destruição de habitações e infraestruturas públicas essenciais, embora, além das áreas florestais, alguma pequena produção agrícola tenha sido afetada. ,
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